Segundo Jorge de Sena: "Se pouco sabemos de Camões, biograficamente falando, tudo sabemos da sua persona poética, já que não muitos poetas em qualquer tempo transformaram a sua própria experiência e pensamento numa tal reveladora obra de arte como a poesia de Camões é." Este espectáculo é um exercício imaginário a partir de “pistas” encontradas na obra e nos estudos biográficos de Camões.

Aqui não viajamos até 1524 (possível data do seu nascimento). Aquilo que veremos, não acontece em data específica. Acontece no passado, no presente e no futuro. Pois é aí que encontramos Camões. Na sua intemporalidade, no espaço-tempo por excelência dos grandes génios que os mantém sempre actuais.

Aqui baptizamo-lo de “C’mons”, poderia ser um nickname da internet, poderia ser um nome de código militar, poderia ser o próprio Camões. E aqui veremos um homem que quis viver neste mundo, alegre e contente somente, contentando-se com pouco, mas a dura realidade mostra-lhe que não é bem assim.

Camões escreveu os seus poemas conforme viveu. Foi um poeta marcado por múltiplas experiências. Como todos nós. Mas da dureza que a realidade lhe apresentava, brotou uma obra singular que nos define enquanto cultura e enquanto parte da Humanidade.


FICHA TÉCNICA
  • Dramaturgia, Sonoplastia e Encenação: Nuno J. Loureiro
  • Interpretação: Romeu dos Anjos e Helder Melo
  • Operação de Luz, Som e Direcção de Cena: Simão Barros
  • Produção, Design de Cartaz e Programa: Teatro Construção